10 sinais para diagnosticar autismo em bebês
Atualmente uma a cada 68 crianças é diagnosticada com autismo e cada vez mais o diagnóstico de autismo em bebês são raros. Isso ocorre devido o diagnóstico tardio e a falta de informação tanto dos pais quanto de profissionais que desconhecem as características do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Os primeiros sinais de TEA
Os sintomas costumam ser reconhecidos durante o segundo ano de vida (12 a 24 meses), pois as diferenças desenvolvimentais são mais notáveis em crianças a partir dos 12 meses. Se o atraso de desenvolvimento for grave, há possibilidade de serem identificados alguns sinais de autismo em bebês (antes dos 12 meses).
E, afinal, como identificar os sinais de autismo em bebês?
Abaixo listo alguns sinais comuns do TEA que podem ser identificados em bebês:
- Pouco ou raro contato visual (Ex: não olhar para mãe quando alimentado);
- Ausência de expressões faciais;
- Déficit em comunicação não verbal (Ex: não aponta ou acena adeus, ou usa outros gestos para se comunicar);
- Ausência de interesse por outros bebês/crianças;
- Surdez aparente (Ex: a criança não olha quando chamada pelo nome ou quando escuta o som de uma voz familiar);
- Não sorrir ao ver a mãe se aproximar;
- Não segue objetos visualmente;
- Comprometimento nas funções simbólica, como imitar gestos ou atitudes;
- Possível manifestação de resistência a mudanças (Ex: inflexibilidade a mudanças na rotina);
- Estereotipias motoras simples (Ex: alinhar brinquedos e girar objetos).
Estes sinais não são exclusivos e podem ocorrer em diversas idades. Os critérios de diagnóstico do autismo não são subdivididos por faixa etária. Desta forma, é difícil o diagnóstico de autismo em bebês.
Vale destacar que, certas crianças com autismo desenvolvem-se normalmente durante a primeira infância, chegando até a adquirir linguagem funcional. No entanto, esta vai se perdendo progressivamente. Por isso, a Academia Americana de Pediatria recomenda que todas as crianças sejam examinadas por atrasos de desenvolvimento e deficiências durante visitas regulares ao médico com 9 meses, 18 meses e 24 ou 30 meses.
No Brasil, a 13.438/2017 estabelece que os pediatras utilizem protocolos padronizados, como por exemplo o M-CHAT, para a avaliação de riscos ao desenvolvimento psíquico de crianças até 18 meses. Estes protocolos possibilitam que o encaminhamento para médicos especialistas e grupos de intervenção iniciem o tratamento o mais cedo possível.
Referências Bibliográficas:
- American PsychiatricAssociation. (2014). DSM-V: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (5ª ed.). Porto Alegre: Artmed
- Maestro S. • Muratori F. • Cesari A. • Cavallaro M.C. • Paziente A. • Pecini C. • Grassi C. • Manfredi A.• Sommario C. (2005). Course of Autism Signs in the First Year of Life. Psychopathology. 38(1), 26-31.
- Orrú, S. E. (2011). Autismo: O que os pais devem sabem? (2ª ed.). Rio de Janeiro: WAK.
*O Grupo Conduzir declara que os conceitos e posicionamentos emitidos nos textos publicados refletem a opinião dos autores.