A importância de uma cuidadora para algumas pessoas com TEA: como é a minha experiência
Por Alice Casimiro (@alice_neurodiversa).
Minha experiência com a Bia, minha cuidadora, está sendo muito positiva desde o primeiro dia!
Estar acompanhada dela significa que eu posso fazer tarefas domésticas toda semana, ir ao mercado, se for necessário, me comunicar com profissionais em consultas médicas, sair de casa e tomar decisões com menos ansiedade. Ela também me ajuda a não ficar sem comida e remédios, ficar mais regulada, ter uma companhia e a não depender mais dos meus pais e da falta de conhecimento especializado deles para me ajudar no ganho de autonomia.
Quando eu sinto vontade de cozinhar algo, sendo que não sei cozinhar, com a Bia me ajudando é muito mais possível. Já fizemos várias receitas juntas, como bolinho de chuva, brownie e bolo de cookie. Antes de ter a ajuda dela, eu só ficava com vontade ou torcia para minha mãe querer fazer.
A Bia também já me acompanhou em atividades de lazer, como no cinema, shopping e exposição, sendo que sem ela eu não teria ido ou ficaria dependente de alguma pessoa querer me acompanhar por vontade própria, o que é raro. Antes dela, eu acabava ficando muito presa dentro de casa.
Quando estou ficando sobrecarregada ou preciso de uma pausa, a Bia consegue perceber facilmente. Ela também sabe redirecionar minha frustração para evitar crises, sendo sempre muito gentil, carismática e atenciosa, o que facilita o processo.
É muito importante que haja colaboração entre os profissionais, senão cada um faz uma coisa e nada se conecta com nada. Por isso, a Bia, que é estudante de psicologia, trabalha em conjunto com a minha Terapeuta Ocupacional, e elas se reúnem toda semana.
Cada dia mais percebo que ter a Bia ao meu lado representa mais oportunidades, menos limitações e mais autonomia para minha vida!