Autoestima
O professor Helio Guilhardi afirma que a autoestima, assim como qualquer outro sentimento, é um sentimento aprendido e desenvolvido durante a vida do indivíduo.
O que são os sentimentos e como são nomeados?
Para Guilhardi, os sentimentos são manifestações corporais do organismo associados a eventos ambientais que os desencadeiam. Ele pontua que as manifestações podem se caracterizar como a alteração dos batimentos cardíacos quando a pessoa sente alegria, a alteração do ritmo respiratório quando a pessoa está ansiosa, a sudorese quando a pessoa está nervosa etc. Também incluem manifestações como: falar, gesticular, gritar, bater, abraçar etc.
O professor afirma que quem ensina o indivíduo a nomear seus estados ou manifestações corporais é a comunidade social em que ele está inserido. Ou seja, se uma criança está chorando porque seu brinquedo quebrou e sua mãe fala “Filho, não precisa ficar triste”, a criança aprende o que é ficar triste. Ou, quando uma criança ganha um presente que estava pedindo há bastante tempo e começa a correr, pular e gargalhar e o pai fala “Nossa filho, você ficou muito feliz”, a criança aprende o que é ficar feliz.
E como desenvolver a autoestima em crianças?
Segundo Guilhardi, autoestima é o produto de consequências reforçadoras de origem social, que decorrem de relações interpessoais em que a pessoa, e não apenas seus comportamentos, é reconhecida. Ou seja, se a criança se comporta de uma maneira e os responsáveis dão atenção, elogiam, etc., afirmamos que os pais reforçaram o comportamento socialmente. Quando reforçamos um comportamento, aumentamos a probabilidade de ele se repetir futuramente.
Sendo assim, o professor nos mostra ser fundamental para o desenvolvimento da autoestima que os responsáveis e cuidadores reconheçam os comportamentos da criança, se atentando para destacar a pessoa que emitiu o comportamento e não apenas o comportamento em si. Por exemplo: Chamando a criança para ajudar a fazer um bolo e, ao final, falar “Nossa, você fez um bolo maravilhoso”. Ou então quando a criança sai e colhe alguma flor para dar de presente, dizer “Você colheu flores maravilhosas, eu amei.”; mostrando para a criança que a companhia dela é importante, como: “É muito mais divertido fazer compras quando você está junto.”; dando atenção para criança, sem que ela precise se comportar para isso.
Por exemplo, ao chegar na casa conversar com a criança; evitando excessos de exigências; ensinando as crianças a argumentarem ao seu favor, etc.
Referência Bibliográfica
Guilhardi, H. J. (Sem data). Autoestima, autoconfiança e responsabilidade. Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento. https://itcrcampinas.com.br/pdf/helio/Autoestima_conf_respons.pdf
Thifany Queiroz de Camargo
Psicóloga e Supervisora ABA – Grupo Conduzir
CRP: 06/130835
*O Grupo Conduzir declara que os conceitos e posicionamentos emitidos nos textos publicados refletem a opinião dos autores.