Como diagnosticar o autismo?
Por que muitas vezes é tão difícil para a família chegar em um diagnóstico de autismo? Para diagnosticar o autismo, a observação direta do comportamento e também do relato dos pais e familiares é essencial. Desde cedo é possível notar alguns sintomas, mas com o passar dos anos vai ficando cada vez mais fácil identificar e cada vez mais tarde para iniciar o tratamento adequado.
Como identificar os sinais para diagnosticar o autismo?
Para famílias que convivem com muitas crianças, pode ser mais simples de identificar que alguma coisa está diferente, mesmo que não consigam saber o que é exatamente. Mas para aquelas que só há uma criança, e o convívio com outras não é comum, perceber que o desenvolvimento não está acontecendo como deveria, se torna um grande desafio. Outra situação é no caso do autismo leve em que muitos dos sintomas passam despercebidos.
Sabemos que cada criança se desenvolve de uma maneira, mas algumas características são comuns entre a maioria com aquela idade especificamente. Por isso, observar os pares (indivíduos da mesma idade) pode ajudar a identificar os sinais, além de conversar com os profissionais da escola, observar na natação, no clube ou em lugares que tenham um número maior de crianças, também pode ser uma boa estratégia.
Quais sinais observar na criança para diagnosticar o autismo?
Há diversos sinais e sintomas que podem ser observados, mas há alguns que são mais comuns e mais fáceis de serem notados pela família e profissionais que convivem com a criança.
– atraso no desenvolvimento da fala;
– dificuldades para iniciar e manter uma conversa;
– frases com poucas palavras;
– dificuldade em compreender a fala de outras pessoas;
– dificuldade com regras sociais;
– dificuldade em compartilhar interesses;
– pouca empatia em compreender os sentimentos de outras pessoas;
– interesses específicos;
– brincadeiras sem criatividade;
– adesão a rotinas rígidas;
– presença de maneirismos motores (andar na ponta dos pés, balançar o corpo);
– risos e choros inapropriados ou fora de contexto;
– pouco contato visual;
– dificuldade na linguagem;
– interação social prejudicada.
Vale ressaltar que possuir apenas uma dessas características nem sempre está relacionada ao diagnóstico de TEA, mas caso haja dúvida é melhor procurar um profissional especializado.
Qual profissional procurar para diagnosticar o autismo?
Na maioria dos casos a primeira coisa que a família faz é procurar o pediatra, esperando que ele indique o profissional específico. E quando isso acontece, está tudo perfeito. O problema é que infelizmente, ainda há muito desconhecimento e desinformação, mesmo por parte daquelas pessoas que deveriam estar ali para ajudar. Então, a família fica de mãos atadas (além de comprometer, e muito, o tratamento da criança).
Se quando estamos com dor de dente, vamos ao dentista. Quando não estamos enxergando bem, vamos ao oftalmologista. Quando temos pressão alta, procuramos um cardiologista. Porque com o autismo seria diferente? Neste caso o mais indicado é procurar um profissional especializado no assunto, preferencialmente um psiquiatra ou neurologista.
Como o profissional irá diagnosticar o autismo?
Um profissional especializado conhece os sinais/sintomas e seus aspectos clínicos. Infelizmente o autismo não tem “cara”, ou seja, não há uma forma física que ajude a identificá-lo. Também não há um exame específico para diagnosticá-lo.
Como citado no início, o diagnóstico se dá por meio de observação do comportamento da criança e também informações (relatos, vídeos, fotos) fornecidas pelos familiares. Por isso a importância de um profissional especializado, pois terá conhecimento para confirmar ou descartar o diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro do Autismo).
Recebi o diagnóstico de autismo, e agora?
Toda criança é capaz de aprender e se desenvolver, mas para isso é importante que seja feito o acompanhamento e tratamento adequado e por profissionais especializados. Lembrando que a terapia mais indicada para indivíduos com autismo, é a terapia comportamental ABA. E através do diagnóstico (preferencialmente precoce), é possível procurar os profissionais especializados e dar início ao tratamento.
*O Grupo Conduzir declara que os conceitos e posicionamentos emitidos nos textos publicados refletem a opinião dos autores.