Como lidar com adultos que têm autismo

Como lidar com adultos que têm autismo

  • Grupo Conduzir admin
  • 3 de julho de 2018
  • Autismo

Nos últimos anos, mais precisamente desde 2007, quando surgiu a data de celebração e conscientização do autismo, muito se fala em causas e diagnóstico para do Transtorno do Espectro do Autismo, principalmente para os tratamentos iniciais e precoces para a estimulação de uma vida com mais qualidade a partir da infância.
Porém, estas crianças irão crescer e também serão necessários cuidados e abordagens diferenciadas para a vida adulta. Como também a educação na parte da sociedade, saúde, sexualidade, e cuidados com o autista na vida adulta e na velhice.
O autismo na fase adulta é cada vez mais comum, assim como na velhice, sendo assim, entender o que é autismo e quais são os cuidados e necessidades é essencial para a sociedade. Veja agora como lidar com adultos que têm autismo.

O que é autismo?

TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) trata-se de um transtorno do neurodesenvolvimento que provoca diversos problemas e sintomas em diversos níveis para a vida toda no paciente.
Não existe uma cura específica para o autismo, porém existem tratamentos para ensinar repertórios comportamentais específicos que auxiliem na vida do indivíduo com TEA. Entre as intervenções  pela ciência, quase todas são aquelas associadas a ABA (Análise do Comportamento Aplicada).
Atualmente é estipulado de que mais de 70 milhões de pessoas no mundo possuem autismo. No Brasil temos o número de 2 milhões.

Principais sintomas de identificação e suspeita na idade adulta

Muitos são os sintomas para identificar o autismo na fase adulta, principalmente quando ele não se manifestou na infância. Veja!

  • Poucos amigos e relacionamentos.
  • Fuga de interações sociais.
  • Dificuldade de entendimento, de gestos e expressões faciais.
  • Dificuldade de se colocar no lugar do outro.
  • Problemas para comunicação verbal.
  • Necessidade de uma rotina.
  • Problema no sono.
  • Crises de ansiedade.

Inserção de adultos na sociedade

Para ter um processo de desenvolvimento de habilidades com maiores ganhos o mesmo deve ser feito desde cedo, preferencialmente nas primeiras fases da infância. Deve-se buscar mostrar a realidade para o autista sem excluí-lo de qualquer grupo social. Fazendo isso, quando chegar à fase adulta já estará identificado dentro de grupos sociais. Os principais responsáveis pela inserção do autista na sociedade são os pais, terapeutas e a escola.
Obviamente que aqui estamos falando dos graus mais leves de autismo que propiciam uma possibilidade de vida independente.

Diagnóstico depois de adulto

Muitas vezes acontece este diagnóstico depois da fase adulta, isso não significa que ele surgiu depois de tantos anos, mas sim que seus sintomas estavam ocultos ou passavam despercebidos na fase de criança. Isso ocorre pelo fato de que o adulto precisa de uma interação e um contato muito maior do que a criança, e quando isso se torna uma dificuldade acaba afetando a vida adulta.
Os sintomas mais comuns para o adulto com autismo é a dificuldade de interação, vontade de ficar sozinho por grandes períodos de tempo, TOC e ansiedade.
Assim como as crianças, lidar com adultos que têm autismo também será necessária muita atenção e paciência, pois em cada fase da vida eles necessitam de mais cuidados especiais e estimulação para serem integrados na sociedade.

Idoso com autismo

Quando o autista chega à velhice, necessita dos cuidados comuns para pessoas com autismo, porém com o adicional de cuidados para pessoas idosas. Por este motivo, seu atendimento é muito diferente, o que torna difícil também encontrar algum tipo de clínica para seu tratamento na terceira idade.
O autismo possui o risco de algumas outras condições comórbidas, sendo os principais a deficiência intelectual, epilepsia
Sem dúvida nos próximos anos terem que discutir e desenvolver estratégias mais específicas para saber como lidar com adultos que têm autismo que será, cada vez mais, uma realidade presente em nossas vidas.

 

*O Grupo Conduzir declara que os conceitos e posicionamentos emitidos nos textos publicados refletem a opinião dos autores.