Interação com crianças autistas
Durante a minha trajetória de mãe atípica, já me deparei com diversas situações de pessoas que tentam interagir com meu filho. Alguns interagem de forma muito adequada, respeitando o tempo, ajustando o tom de voz, aguardando os abraços consentidos e o contato visual, demonstrando a alegria de quem interage com uma criança e não o “pesar” de quem interage com uma criança com deficiência.
Outros tentam interagir de forma extremamente inadequada, ignorando completamente que a criança possui questões sensoriais, se comportam de forma invasiva e aversiva sob o ponto de vista da criança. São aquelas que forçadamente agem de forma a se importar consigo mesmas e com o que consideram legal, sem se preocupar com a reciprocidade na relação.
Existem, ainda, aqueles que querem interagir ou fazer com que filhos interajam com a criança com autismo, mas que não sabem como fazer. Por essa razão, deixo aqui algumas dicas:
Durante a minha trajetória de mãe atípica, já me deparei com diversas situações de pessoas que tentam interagir com meu filho. Alguns interagem de forma muito adequada, respeitando o tempo, ajustando o tom de voz, aguardando os abraços consentidos e o contato visual, demonstrando a alegria de quem interage com uma criança e não o “pesar” de quem interage com uma criança com deficiência.
Outros tentam interagir de forma extremamente inadequada, ignorando completamente que a criança possui questões sensoriais, se comportam de forma invasiva e aversiva sob o ponto de vista da criança. São aquelas que forçadamente agem de forma a se importar consigo mesmas e com o que consideram legal, sem se preocupar com a reciprocidade na relação.
Existem, ainda, aqueles que querem interagir ou fazer com que filhos interajam com a criança
▪️ Aja naturalmente!
As crianças aprendem pelo seu exemplo. É importante cumprimentar, perguntar o nome e ser educado, ainda que não exista uma resposta imediata. E, se não houver, explique ao seu filho que não é falta de educação, mas apenas uma dificuldade em responder.
▪️ Tenha entusiasmo e persistência!
Muitas vezes, as pessoas desistem no primeiro silêncio. Pergunte novamente, convide para brincar de novo, demonstre alegria. Muitas vezes o autista fica sozinho por falta de opção, já que as pessoas desistem facilmente de uma interação sem reciprocidade.
▪️ Converse com o cuidador e descubra a melhor maneira.
Evite sugerir uma brincadeira para a qual a criança talvez ainda não tenha habilidade para executar. Caso essa criança tenha algum objeto de interesse, isso pode ser um grande aliado em uma primeira interação. Que tal perguntar?
▪️ Ensine ao seu filho a respeitar as diferenças.
Todos temos habilidades incríveis e grandes desafios. Incentivar o seu filho a interagir com uma criança com autismo é uma forma de ensinar a ele que as diferenças são importantes e que é isso que faz a vida ter graça.
A inclusão mais eficaz que existe é a que vem “de berço”: pelos ensinamentos dos pais e principalmente pelos exemplos dos mesmos.
A melhor forma de saber o que fazer é se colocar no lugar do outro, com todo amor e respeito que qualquer um merece.
Michelle Carvalho, mãe do Enzo 💙
*O Grupo Conduzir declara que os conceitos e posicionamentos emitidos nos textos publicados refletem a opinião dos autores.