Intervenção psicopedagógica em casos de TEA

Intervenção psicopedagógica em casos de TEA

  • Grupo Conduzir admin
  • 13 de novembro de 2017
  • Autismo

Na maioria das vezes em que falamos em autismo, nos referimos ao trabalho e intervenção com profissionais como: psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Porém, a intervenção psicopedagógica também se faz importante, uma vez que as habilidades acadêmicas ficam em defasagem, atrapalhando o desenvolvimento da criança no ambiente escolar.

A importância da psicopedagogia

A psicopedagogia tem o papel de avaliar, investigar e detectar dificuldades e habilidades da criança com Transtorno do Especto Autista (TEA). Assim, é possível realizar a intervenção para desenvolver tais dificuldades e aumentar o repertório do individuo.

Na maioria das vezes as crianças com TEA possuem muitas barreiras comportamentais como: dificuldade de comunicação, ecolalia, estereotipia e comportamentos de fuga/esquiva. Devido às questões comportamentais é importante que o profissional psicopedagogo tenha conhecimento em Análise Comportamento Aplicada ou faça supervisões com um especialista na área.

Como Análise do Comportamento poderá ajudar na intervenção psicopedagógica

A Análise do Comportamento Aplicada, além de ajudar na análise funcional dos comportamentos emitidos pela criança também pode colaborar com os procedimentos de ensino em relação às atividades pedagógicas.
Alguns dos procedimentos utilizados em ABA são:

1 – Modelagem: tem como finalidade reforçar de forma diferencial as respostas que se aproximam do que está sendo pedido. É importante iniciar reforçando positivamente aquelas respostas próximas ao que é desejado e, assim, de forma gradual o psicopedagogo exigir maior refinamento da resposta até que a criança esteja capacitada a responder a atividade de forma correta.

2 – Aprendizagem sem erro: É importante que o psicopedagogo assegure o sucesso do aprendizado e a motivação da criança, oferecendo as dicas necessárias para a aprendizagem. Ou seja, ajudar a criança a concretizar o comportamento-alvo, levando em conta os pré-requisitos que ela possui e os que faltam aprender. Para que isso ocorra, o profissional deve seguir a hierarquia de dicas, iniciando com a dica mais intrusiva e esvanecendo até a criança realizar de forma independente.

3 – Uso de reforçadores: É importante que o psicopedagogo utilize itens de preferência da criança para motivá-las a realizar as atividades desejadas.

 

Referências Bibliográficas:

  • BEAUCLAIR, João. Para entender psicopedagogia: perspectivas atuais, desafios futuros. 3ed. Rio de Janeiro:Wak, 2009
  • CAMARGO, S.P.H; RISPOLI, M. Análise do comportamento aplicada como intervenção para o autismo: definição, características e pressupostos filosóficos. Revista Educação Especial, vol. 26, núm. 47, 2013.
  • FERNANDES, F.D.M; AMAT, C.A.H. Análise de Comportamento Aplicada e Distúrbios do Espectro do Autismo: revisão de literatura. CoDAS 2013;25(3):289-96
  • SKINNER, B.F. Ciência e Comportamento Humano. Brasília: Ed. UnB/ FUNBEC, (1953), 1970.

 

*O Grupo Conduzir declara que os conceitos e posicionamentos emitidos nos textos publicados refletem a opinião dos autores.