O que é Autismo: Causas, diagnóstico e prognóstico
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como um transtorno do desenvolvimento. Ele se manifesta no período de desenvolvimento da primeira infância, apresentando prejuízos nas áreas de reciprocidade socioemocional, comportamentos comunicativos e padrões de comportamentos restritos e repetitivos. O autismo é avaliado por níveis de gravidade, se referindo ao comprometimento apresentados por um indivíduo.
O autismo infantil precoce é marcado por um permanente prejuízo na interação social, alterações da comunicação e padrões rígidos ou estereotipados de comportamentos e interesses. As anormalidades no funcionamento em cada uma dessas áreas devem estar presentes em torno dos três anos de idade.
A síndrome de Asperger denominada como um transtorno do desenvolvimento leve, caracteriza-se por prejuízos na interação social, bem como interesses e comportamentos limitados, porém ela se difere do autismo precoce por não apresentar características de déficit cognitivo significativo.
Quais as possíveis causas do Autismo?
Existem diversas possíveis causas e teorias para autismo. Porém, a mais aceita atualmente é de que a área neurológica é afetada devido a sintomas e mutações genéticas que resultam em uma falha na comunicação entre regiões do cérebro. Assim novas conexões neurais, estimuladas por terapia, poderiam ser formadas a fim de compensar a falha.
A diversidade em volta desde assunto é imensa, tendo vários estudos falando sobre as possíveis causas do autismo. Alguns citam causas orgânicas envolvendo a genética, outros citam causas ambientais enquanto outros citam causas comportamentais. Dessa maneira, essa resposta ainda é desconhecida.
Devido à complexidade do autismo e ao fato de que os sintomas e a severidade deles podem variar bastante de indivíduo para indivíduo (Espectro), as pesquisas mais influentes apontam que provavelmente o autismo é resultante de uma combinação que envolve diferentes genes.
Quais caminhos seguir para confirmar o Autismo?
O médico especialista em psiquiatria infantil é apto a diagnosticar uma criança autista. Porém, mesmo para aquelas que não tem um diagnóstico fechado, mas que apresentam atrasos no desenvolvimento, uma avaliação com um Analista do Comportamento se faz necessária e importante, pois esse profissional está habilitado para avaliar as habilidades presentes e aquelas que precisam ser desenvolvidas em cada criança.
Se faz importante salientar que toda criança autista é capaz de aprender e de se desenvolver. A Análise do Comportamento Aplicada, também conhecida como ABA (Applied Behavior Analysis) é uma ciência comprovada que propicia o desenvolvimento de habilidades nos indivíduos autistas através de um currículo individualizado, análise funcional, redução de excessos comportamentais e delineamento das estratégias de intervenção, produzindo assim ganhos duradouros e funcionais para o indivíduo.
Referências Bibliográficas:
- American Psychiatric Association. (2014). DSM-V: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (5ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
- Ferreira L. F. (2015) Ensino Conceitual em ABA e Treino de Ensino por Tentativas Discretas para cuidadores de crianças com Autismo. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento,
Universidade Federal do Pará, Belém, PA. - Garcia, P.M, Mosqueira, C. F. F.(2011) Causas neurológicas do autismo. O Mosaico – Revista de Pesquisa em Artes da Faculdade de Artes do Paraná,. Paraná.
- Klin, A.(2006). Autism and Asperger syndrome: an overview. Yale Child Study Center, Yale University School of Medicine, New Haven, Connecticut, USA.
- Rios, C, Ortega, F. et al (2015). Da invisibilidade a epidemia: A construção narrativa do autismo na mídia impressa brasileira. Programa de Pós- graduação em Sociologia, Faculdade de Filosofia e ciências humanas, UFBA. Salvador.
*O Grupo Conduzir declara que os conceitos e posicionamentos emitidos nos textos publicados refletem a opinião dos autores.