Comunicação com Profissionais

Comunicação com Profissionais

  • Grupo Conduzir admin
  • 5 de novembro de 2021
  • Blog

Tarefas cotidianas, aparentemente simples para famílias que têm crianças com o desenvolvimento típico (dentro dos marcos naturais de desenvolvimento), como por exemplo, cortar o cabelo, ir ao dentista, iniciar uma atividade física, ou qualquer prestação de serviços para um pequeno cliente autista é um desafio enorme.

É extremamente importante, para que essa interação seja a mais confortável e segura possível, que se tenha uma boa comunicação entre a família e o prestador de serviços. 

Cada criança, independente do diagnóstico, tem seus particulares, suas dificuldades e seus objetos de interesse que podem ser poderosos aliados no processo de “aceitação” do serviço prestado.

O planejamento é um sinal de respeito à criança, apresentar a ela uma história social informando sobre o serviço que será prestado, sinalizar verbalmente e/ou com imagens e vídeos como funcionará, o que acontecerá, norteá-la sobre a duração do evento, tornará a criança mais receptiva e tolerante às mudanças na rotina.

Pensar na sua criança em todas as suas características e levar algo que a tranquilize, que a deixe confortável, também dará o acolhimento caso necessite.

Conversar previamente com todos os envolvidos e apresentar o que pode ser aversivo e o que é reforçador é fundamental.  Às vezes o profissional está acostumado a fazer algum movimento, som, cheiro de produtos, barulho de instrumentos de trabalho, que para aquela criança será gatilho de bombardeio sensorial.

Lembre-se que o prestador de serviço, na grande maioria das vezes, não tem o contato diário com uma pessoa autista e também se sentirá mais seguro, confortável e acolhido se tiver um direcionamento respeitoso, quase uma integração à equipe de apoio. E por que não? Nem sempre as pessoas da equipe de apoio estão no dia a dia, mas são suporte precioso quando precisa utilizar aquele serviço específico. 

Na grande maioria das vezes o prestador de serviços para clientes autistas (desde que não seja parte efetiva das intervenções terapêuticas), não precisa ser especialista em autismo, precisa ser especialista em compaixão e empatia. 

 

Michelle Carvalho, mãe do Enzo 💙 

 

 

*O Grupo Conduzir declara que os conceitos e posicionamentos emitidos nos textos publicados refletem a opinião dos autores.