Terapia ABA: todas são boas?

Terapia ABA: todas são boas?

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  • 8 de maio de 2024
  • Blog

A ABA refere-se à Análise do Comportamento Aplicada, e é uma sigla em inglês para Applied Behavior Analysis. Essa ciência, popularmente conhecida como terapia ABA, é amplamente utilizada para ensinar habilidades e remediar déficits associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Neste sentido, a efetividade da terapia ABA foi documentada em centenas de estudos revisados por pares nos últimos 50 anos, sendo hoje o principal tratamento validado e baseado em evidências para o TEA. 

No entanto, a qualidade desse serviço é um ponto chave para garantir resultados eficazes e significativos para os clientes. Isso significa que, respondendo a nossa pergunta inicial, nem toda terapia ABA é boa. 

Neste artigo, vamos explorar os principais critérios que indicam a qualidade na prestação de serviços em ABA. Continue a leitura e entenda mais.

Como identificar a qualidade em uma terapia ABA?

A qualidade das intervenções em ABA pode variar significativamente dependendo de vários fatores, como a formação e experiência dos terapeutas, a adesão a protocolos baseados em evidências, e a capacidade de personalizar o tratamento às necessidades individuais do cliente. 

Portanto, é necessário que pais e responsáveis identifiquem programas que não apenas utilizem a Terapia ABA, mas que sigam rigorosamente os critérios de qualidade que garantem eficácia e respeito às necessidades de cada indivíduo. Vamos descobrir quais são eles? 

1. Base em evidências

Os procedimentos e intervenções utilizados devem ser baseados em evidências científicas sólidas. Isso significa que as estratégias e técnicas aplicadas devem ser comprovadas por pesquisas e estudos revisados por pares como eficazes para tratar os comportamentos-alvo.

2. Individualização

Os programas de ABA devem ser adaptados às necessidades individuais de cada cliente. Isso envolve uma avaliação abrangente das habilidades, deficiências, interesses e preferências do indivíduo, para desenvolver planos de tratamento personalizados. Dessa forma, é preciso compreender o contexto do comportamento e o valor do comportamento para a pessoa, seus cuidadores, sua família e sua comunidade.

3. Colaboração interdisciplinar

A colaboração entre os profissionais de ABA e outros profissionais das áreas de saúde, educação e serviços sociais, por exemplo, é fundamental para fornecer um suporte abrangente e integrado ao cliente e sua família.

4. Supervisão e formação profissional

Os terapeutas de ABA devem receber supervisão regular de profissionais qualificados, além de continuar comprometidos com treinamentos profissionais para aprimorar suas habilidades, mantendo-se sempre bem atualizado com as melhores práticas.

5. Ética profissional

Os profissionais de ABA devem aderir a padrões éticos rigorosos em todas as interações com os clientes e suas famílias. Isso inclui respeitar a dignidade e os direitos do cliente, garantir a confidencialidade e evitar conflitos de interesse, por exemplo. 

Esses são alguns dos critérios de qualidade que são considerados na prestação de serviços em Análise do Comportamento Aplicada (ABA). A garantia de que eles sejam rigorosamente atendidos é fundamental para promover resultados positivos e significativos para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outros distúrbios do desenvolvimento.

Escrito por Me. Arlene Amorim.

Referência:
The Council of Autism Service Providers (2024). Applied Behavior Analysis Practice Guidelines for the Treatment of Autism Spectrum Disorder: Guidance for Healthcare Funders, Regulatory Bodies, Service Providers, and Consumers (3a ed.).